Palavras incertas me ocorrem
e escorrem para o fundo
mais profundo da infinidade
da minha alma!
Umas às outras se acham fundidas
e confundidas se abrigam
no desabrigo dos meus sentidos!
Tidos são os meus desejos reais
como irreais e o meu sofrimento
é já previsto,
visto que em todo o meu ser
eles agem
sem coragem para enfrentar
os preconceitos do mundo...
ou as fobias atrofiadas
do medo que surge
e se insurge em mim!
Será possível, Senhor, ser feliz
na infelicidade que sinto
-e já a pressinto maior-
de não poder realizar o que desejo?
Serei eu, filha indigna,
digna de crer que, aos teus olhos,
não é crime o que recrimino
para o abismático inconsciente?!
Deverei eu considerar
o meu Destino fatal
e em tal desatino que,
achando-me sem rota,
será eterna derrota
tudo quanto quiser realizar?!
(poema meu, elaborado há mais de 16 anos)
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